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sábado, 6 de março de 2004

• O rapaz que lia Florbela • Musical, popular, erudita ou um erro? •

Ainda assim cheguei a uma pequena conclusão! Afinal a letra das músicas que se ouvem acabam por ser poesia, certo?

Apesar da maioria dos seus autores não serem célebres tanto quanto o intérprete, os seus poemas correm dezenas, centenas, milhares, milhões, ou até mesmo uma grande maioria das bocas do mundo!

O que faz então um poeta, ou um poema, ser reconhecido neste e naquele canto do nosso bairro, da nossa cidade, região, país ou planeta? Será pelo facto de ser cantado? Será por ser mais popular, sendo assim mais facilmente decorado?

Então e quem escreve de forma mais erudita? Mais trabalhada quer em termos de vocabulário, quer de sintaxe e/ou morfológico? Não tem direito a receber glorificação tamanha quanto os restantes que escrevem, por vezes, às três pancadas?

Isto de facto assusta-me... É tão certo que gostaria de um dia me ver a ser estudado nas aulas de Língua Portuguesa, em que fosse reconhecido o meu dom, porque afinal nem toda a gente tem a sorte de descobrir o seu verdadeiro dom e, além disso, saber utilizá-lo, quanto certo é também que não sou nenhum Luís de Camões do séc. XXI! Mas também é bem verdade que existe muita gente que nem sequer sabe escrever ortograficamente correcto e no entanto considera-se poeta...

Tudo bem que um poeta vive essencialmente da alma! Não necessita de escrever o que lhe vai na alma. Aquilo que sente, vive, respira, observa, é poesia, mas o que produz e reproduz também o são! Sendo assim, demonstrem que são possuidores de almas sem erros!

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