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domingo, 7 de março de 2004

• O rapaz que lia Florbela • Prévia conclusão •

Com todos estes pensamentos concluí que, se quero realmente entrar para o templo dos poetas, tenho de começar a escrever algo mais melodioso. Mas... e se aquilo que sair não é o que realmente sinto? Na minha opinião deixa de ser poesia! Terei então de “fabricar” algo mais popular! Pimba? Não obrigado, isso para mim não é arte.

Vejamos o fado! É poesia, é popular e, como é óbvio, musical. No entanto, se formos a analisar pela utilização de vocabulário mais trabalhado, este fica um pouco aquém da realidade. Deixa basicamente de ter aquela sonoridade. O povo não o decora, as guitarras não o acompanham e o artista morre.

O artista morre e a sua obra entra no paraíso das caixas registadoras de livrarias, livreiros, papelarias e bibliotecas. As editoras ganham, o editor ganha, a publicitária vende, o povo compra, o povo lê, o povo tenta a sua sorte, o seu fado. O povo resigna o novo-poeta até a sua descida acamado em madeira. E o ciclo se vicia.

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