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quarta-feira, 3 de março de 2004

Transfusão

E cá estou eu de novo!
Em vez de estar a fazer os trabalhos, que são apenas 3 de pesquisa e um pequeno T.P.C., nada demais (cof cof), preferi terminar o capítulo "O rapaz que lia Florbela" da book version dos Despachos.

E tal como foi prometido vou publicar aqui, post by post, todo esse capíulo. Em suma, é uma pequena reflexão sobre a poesia, os poetas e eu. Espero que gostem e que seja fruto dos vossos comentários! :)

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• O rapaz que lia Florbela • Prefácio •

Devido a estar a elaborar um pequeno trabalho sobre Florbela Espanca para o curso, tenho lido a biografia da poetisa com mais frequência.

Um certo dia aprontei o meu atraso, para poder apanhar o comboio que partia de Alverca, de modo a poder arranjar lugar sentado, aproveitando assim para ir lendo um livro que reúne toda a obra poética da poetisa alentejana, que dispõe ainda duma pequena biografia, o essencial para o trabalho.

Estranha foi a minha percepção à estranha reacção de quem se sentava fronte a mim! Um homem muito bem vestido, sensivelmente próximo dos 45 anos, já meio calvo e possuidor de uma pasta em lona azul, mirava-me com uma cara de indignação.

Mais estranho ainda foi o que repentinamente me passou pela ideia! “Que estará ele a pensar para demonstrar aquelas feições?” – perguntei-me a mim mesmo, respondendo de imediato – “Deve estar a pensar que a juventude não lê, principalmente Florbela Espanca, uma poetisa “estranha” e invulgar, ainda para mais estando eu a sublinhar páginas do livro!”, uma vez que quem lê no comboio ou tem ar de professor, geralmente preparando aulas ou corrigindo testes, ou então na generalidade mulheres. Nunca um rapaz jovem lendo, supostamente, poesia!

Fechei então o livro ao partir da Bobadela, preparando então a minha saída na estação de Sacavém.

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Espero que vos tenha aberto minimamente o apetite! Amanhã volto com mais uma secção d'"O rapaz que lia Florbela".

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