quinta-feira, 6 de maio de 2004
E agora!?
- E agora? - perguntou-me ela com as lágrimas a encherem-lhe os olhos...
- Agora... continuo a ser a mesma pessoa que sempre fui. Nada muda, a não ser o facto de saberes algo mais privado da minha vida. - respondi prontamente, como se já esperasse a questão.
- Mas tu não queres ter filhos?
- Não está nos meus planos, mas se vierem a estar, farei por isso. Obviamente que nunca os poderei ter, biologicamente falando, nem o meu parceiro, claro!
- E como é que te vais casar? Vais fazer como aquele do Mister Gay?
- Para já não faço intenções de me casar, mas se vier a acontecer, acontece!
(Mais tarde...)
- E já estiveste com algum rapaz mesmo?
- Sim. Já tive 4 namoros, inclusivé...
- E faziam... (acenando com a cabeça algo imperceptível, mas que rapidamente se percebeu)
- Sexo? - perguntei rectóricamente - Sim. Como qualquer casal de namorados, tal como tu e o teu namorado fazem...
-Aiiii! Eu não estou a acreditar...
__
Ora nem mais! Hoje assumi-me perante uma colega minh, uma das minhas melhores amigas do curso.
No ínicio começou a chorar. Foi um choque. Era esperado. Não tão forte, mas minimamente esperado, de alguém que não conhecia nenhum.
O que retirei daqui é que afinal o mundo gay já não é algo tão escondido como se acha. Dela esperava perguntas relacionadas com o sexo anal (que é sempre o que me perguntam), e atitudes conhecidas por "bixices". Mas ela soube ver bem onde estão agora os "nossos" problemas.
Perguntou-me acerca do ser assumido, principalmente em relação à minha família, principalmente no que respeita à minha mãe. Nunca ela pensou que fosse tão assumido quanto sou na realidade, ainda por cima "não parecendo que sou gay", como ela dissera.
"Agora é um segredo nosso e, apesar de tudo, gosto ainda mais de ti, principalmente por confiares em mim." - Frase já ouvida, mas que sabe sempre bem ouvir novamente. Acaba por nos dar a certeza de que aquela pessoa gosta mesmo de nós, e que podemos confiar nela.
Adoro-te C. *
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- E agora? - perguntou-me ela com as lágrimas a encherem-lhe os olhos...
- Agora... continuo a ser a mesma pessoa que sempre fui. Nada muda, a não ser o facto de saberes algo mais privado da minha vida. - respondi prontamente, como se já esperasse a questão.
- Mas tu não queres ter filhos?
- Não está nos meus planos, mas se vierem a estar, farei por isso. Obviamente que nunca os poderei ter, biologicamente falando, nem o meu parceiro, claro!
- E como é que te vais casar? Vais fazer como aquele do Mister Gay?
- Para já não faço intenções de me casar, mas se vier a acontecer, acontece!
(Mais tarde...)
- E já estiveste com algum rapaz mesmo?
- Sim. Já tive 4 namoros, inclusivé...
- E faziam... (acenando com a cabeça algo imperceptível, mas que rapidamente se percebeu)
- Sexo? - perguntei rectóricamente - Sim. Como qualquer casal de namorados, tal como tu e o teu namorado fazem...
-Aiiii! Eu não estou a acreditar...
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Ora nem mais! Hoje assumi-me perante uma colega minh, uma das minhas melhores amigas do curso.
No ínicio começou a chorar. Foi um choque. Era esperado. Não tão forte, mas minimamente esperado, de alguém que não conhecia nenhum.
O que retirei daqui é que afinal o mundo gay já não é algo tão escondido como se acha. Dela esperava perguntas relacionadas com o sexo anal (que é sempre o que me perguntam), e atitudes conhecidas por "bixices". Mas ela soube ver bem onde estão agora os "nossos" problemas.
Perguntou-me acerca do ser assumido, principalmente em relação à minha família, principalmente no que respeita à minha mãe. Nunca ela pensou que fosse tão assumido quanto sou na realidade, ainda por cima "não parecendo que sou gay", como ela dissera.
"Agora é um segredo nosso e, apesar de tudo, gosto ainda mais de ti, principalmente por confiares em mim." - Frase já ouvida, mas que sabe sempre bem ouvir novamente. Acaba por nos dar a certeza de que aquela pessoa gosta mesmo de nós, e que podemos confiar nela.
Adoro-te C. *
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